Gostei muito do artigo, me lembra do conceito do salto de fé de Kierkegaard, mas me resta uma dúvida, seria a escolástica a primeira tentativa de racionalização da fé? As cinco vias tentam, "embasar a fé cristã em achados científicos ou proposições filosóficas" ou há uma diferença que não estou percebendo? Pra ser sincero, eu consigo imaginar isto, pois por mais que a cinco vias "provem" a existência de Deus, elas por si só não são o suficiente para te dar a fé que aquelas senhorinhas que sempre vão igreja, professam sem conhecer nada disso.
Exatamente a escolástica. Eu entendo a iniciativa, louvo o excelente trabalho de lógica e racionalidade, no entanto também penso que isso não é suficiente, como você disse, para dar essa fé simples e devota tão necessária ao caos da modernidade. A filosofia tomista talvez seja um exercício de maestria para conciliar fé e razão, mostrar aos céticos e ateus que o cristianismo não é fanatismo religioso, mas antes, é embasado na racionalidade. Contudo, a racionalidade vai só até certo ponto. Espero em breve escrever algo sobre Kierkegaard, ele vem martelando na minha cabeça há um tempo mas confesso que não conheço suficientemente sua obra para escrever com a clareza necessária.
Gostei muito do artigo, me lembra do conceito do salto de fé de Kierkegaard, mas me resta uma dúvida, seria a escolástica a primeira tentativa de racionalização da fé? As cinco vias tentam, "embasar a fé cristã em achados científicos ou proposições filosóficas" ou há uma diferença que não estou percebendo? Pra ser sincero, eu consigo imaginar isto, pois por mais que a cinco vias "provem" a existência de Deus, elas por si só não são o suficiente para te dar a fé que aquelas senhorinhas que sempre vão igreja, professam sem conhecer nada disso.
Exatamente a escolástica. Eu entendo a iniciativa, louvo o excelente trabalho de lógica e racionalidade, no entanto também penso que isso não é suficiente, como você disse, para dar essa fé simples e devota tão necessária ao caos da modernidade. A filosofia tomista talvez seja um exercício de maestria para conciliar fé e razão, mostrar aos céticos e ateus que o cristianismo não é fanatismo religioso, mas antes, é embasado na racionalidade. Contudo, a racionalidade vai só até certo ponto. Espero em breve escrever algo sobre Kierkegaard, ele vem martelando na minha cabeça há um tempo mas confesso que não conheço suficientemente sua obra para escrever com a clareza necessária.