Eu gostei muito deste texto. É impressionante como dialoga e se conecta em diversos pontos com o artigo que também escrevi. De fato a pólis moderna é uma abominação anti-humana. Eu também vivo em São Paulo e foi morar aqui que me deu a "redpill" definitiva quanto a realidade do urbanismo, me fazendo pensar seriamente num plano de retorno ao campo. Nossa cultura está gravitacionalmente presa pelo deus faminto do conforto, enquanto somos pouco a pouco isolados uns dos outros. É engraçado pensar que vivem mais pessoas em condomínios em São Paulo que em muitas vilas medievas, e, mesmo com a obscena proximidade física dos apartamentos, as famílias nunca estiveram tão distantes. Por fim, gostei muito de como você conectou a história de Caim, Bebel e Abraão como simbologia espiritual para exposição sobre a cidade.
Um ótimo texto. Estava agora mesmo escrevendo - vou publicar mais para o fim do dia - sobre as relações entre corpo, alma e espírito. As grandes metrópoles são cada vez mais um corpo, apenas. O mais elevado, espiritual, já há muito tempo não existe nas grandes cidades em si: somente nos espaços privados. Mas mesmo a alma - entendida justamente como uma cultura, alguma coesão em termos de valores etc. - também já não existe (talvez somente em alguma medida em bairros mais afastados das regiões centrais). Sobra o corpo, a matéria, a máquina: trabalho, relações superficiais etc.
Com certeza, Bruno! Relações apenas corporais em todas as esferas: amizades, relacionamentos, trabalho etc. Obrigado pelo comentário, aguardo seu artigo!
Eu gostei muito deste texto. É impressionante como dialoga e se conecta em diversos pontos com o artigo que também escrevi. De fato a pólis moderna é uma abominação anti-humana. Eu também vivo em São Paulo e foi morar aqui que me deu a "redpill" definitiva quanto a realidade do urbanismo, me fazendo pensar seriamente num plano de retorno ao campo. Nossa cultura está gravitacionalmente presa pelo deus faminto do conforto, enquanto somos pouco a pouco isolados uns dos outros. É engraçado pensar que vivem mais pessoas em condomínios em São Paulo que em muitas vilas medievas, e, mesmo com a obscena proximidade física dos apartamentos, as famílias nunca estiveram tão distantes. Por fim, gostei muito de como você conectou a história de Caim, Bebel e Abraão como simbologia espiritual para exposição sobre a cidade.
Obrigado pelo comentário! Viver na metrópole é estar "isolado na multidão"
Um ótimo texto. Estava agora mesmo escrevendo - vou publicar mais para o fim do dia - sobre as relações entre corpo, alma e espírito. As grandes metrópoles são cada vez mais um corpo, apenas. O mais elevado, espiritual, já há muito tempo não existe nas grandes cidades em si: somente nos espaços privados. Mas mesmo a alma - entendida justamente como uma cultura, alguma coesão em termos de valores etc. - também já não existe (talvez somente em alguma medida em bairros mais afastados das regiões centrais). Sobra o corpo, a matéria, a máquina: trabalho, relações superficiais etc.
Com certeza, Bruno! Relações apenas corporais em todas as esferas: amizades, relacionamentos, trabalho etc. Obrigado pelo comentário, aguardo seu artigo!